domingo, 8 de fevereiro de 2015

Casei... e... engravidei!

CASEI... E ... ENGRAVIDEI!

        Por mais esperada e planejada que seja uma gravidez, como foi a nossa, posso garantir, não alivia o turbilhão de sentimentos quando a segunda listrinha do teste de farmácia aparece. A primeira certeza é a de que algo está errado; "controle-se, não crie expectativas eufóricas". Pra quem é meio São Tomé como eu, a ansiedade toma conta, mas o pé fica sempre atrás até que todas dúvidas sejam tiradas. Então foi assim a confirmação...
        Os sintomas vieram em outubro, aquela TPM diferente, e a duvida... será?! Aí corre pro Beta, negativo. Em novembro os mesmo sintomas, calma, não se empolga que pode dá negativo de novo. Ok. Espera mais um pouco. Não passa. Faço o teste no domingo de manha, demora um pouquinho e a segunda listra aparece. Para o mundo, o que isso significa? Eu sei bem o que significa, mas até onde é confiável?! Conto ao marido, ao irmão, e tento levar o dia normalmente (mesmo com borboletas na barriga voando sem parar).
        Na segunda acordo praticamente já no laboratório pra fazer o Beta-HCG. Peço o quantitativo, para ser ainda mais preciso, caso o positivo se confirmasse. O danado do resultado só sairia as 18h, e trabalhar foi muito, muito difícil. Às 18h estávamos no laboratório esperando o resultado. Não aguentamos esperar mais nada e já abrimos o resultado a caminho do carro: 1726mUi/mL (acima de 50 é positivo). O chão sumiu dos nossos pés, não sabíamos o que fazer. Estamos grávidos. A felicidade não cabe na gente, e junto com ela um milhão de questionamentos que não sabemos nem por onde começar a falar. Vontade de rir, de chorar, de gritar, de sair correndo, de falar a todo mundo.... Mas, quietinhos fomos pra casa. Eu já tinha, por enorme coincidência, uma consulta marcada pro outro dia com um ginecologista, pra dizer pra ele que queria engravidar, e pedir orientações... pelo visto, pularíamos essa etapa na conversa. 
         Bem recebida e acolhida pelo médico (o que foi um enorme alívio), a  consulta foi um sucesso. Na quarta estávamos lá, de clinica em clinica atras de uma vaga pra fazer a ultrassonografia. Conseguimos. E lá estava... o saco gestacional...mas o embrião não. Que frustração. Que nervoso. Não era assim que eu imaginava, mas assim foi. A médica nos acalmou, e falou que pelo tempo de gestação, 5 semanas e 1 dia (e não 8, como o médico calculou a partir da última menstruação. Isso porque ela era bem irregular), era normal não ver o embrião, e que ele normalmente se torna visível na ultra com quase seis semanas. 
      Corre pra pesquisar na internet, tudo certinho o que a médica falou, mas também existia a possibilidade de uma gravidez anembrionária, e isso amedrontava demais. O médico solicitou uma nova ultra pra depois de 15 dias. Acalmados os pensamento medrosos, depois de ler várias mamães contando que também não viram seus bebês nessa fase, decidimos contar pra família e amigos mais próximo no fim de semana. 
        A sensação foi indescritível. O brilho no olhos, as lágrimas de emoção, o amor que transbordava de cada um deles nos deixou acolhidos, seguros e certos de que tudo daria certo. Já tinha dado. 
            15 dias depois estávamos na clínica. A médica olhou e falou: "Mamãe, você tem duvida se tem um bebê aqui? Olha ele que lindo, todo saudável, e com o coração batendo forte". Gente... minha boca parecia que ia rasgar do tamanho do meu sorriso. Ele apertava minha mãe com tanta força, olhava pra mim transbordando de felicidade, e vivemos ali os segundos mais incríveis até então. Ela aumentou o som, e aquelas batidinhas a 136bpm inundaram nossa alma, eu não conseguia me controlar e não parava de chorar. A médica dizia "Mamãe, você precisa parar de chorar pra conseguir ouvir"... Doutora, eu estou ouvindo, meu choro de emoção aumenta esse volume de uma maneira que não só ouço como sinto, sinto bater dentro de mim... e não tenho mais dúvidas. Temos um terceiro coração nessa casa. :)